Especialista aponta que, em 2011, existirão 92 mil vagas em aberto no setor, que não serão preenchidas por falta de pessoas qualificadas
Qual o melhor caminho para entrar no mercado de TI? Ter uma ou várias certificações técnicas. Hoje, esse tipo de capacitação vale mais até do que um diploma universitário na hora de muitas companhias do setor de tecnologia contratarem um novo profissional, segundo Sérgio Sgobbi, diretor de Educação e Recursos Humanos da Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). “Isso acontece porque as empresas são avaliadas por padrões internacionais, que exigem um certo número de profissionais certificados”, justifica Sgobbi, que completa: “Assim, ter certificações pode ser um diferencial para entrar no mercado.” O diretor da Brasscom alerta, no entanto, que se ter um ou mais certificados garante a contratação, isso não representa uma garantia de evolução na carreira de TI.
A formação universitária continua a ser um fator determinante para quem quer ter sucesso nesse mercado. Mais do que isso, os profissionais de tecnologia têm de estar dispostos a buscar um conhecimento e uma capacitação constantes para se manterem no setor. As exigências de conhecimento específico em TI, por sinal, têm sido recompensadas com salários acima da média de outros setores da economia. Sgobbi cita que uma pesquisa de 2007 do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego, apontava que, enquanto a remuneração média dos brasileiros era de R$ 938,00, no setor de tecnologia ela atingia R$ 2.025,00. “Se trouxermos esses valores para os dias de hoje, o valor deve saltar para cerca de R$ 3.000,00”, calcula o executivo.
A valorização dos profissionais está ligada, entre outros fatores, ao déficit de pessoas qualificadas nesse mercado. Uma pesquisa da Softex projeta que, em 2011, existirão cerca de 92 mil vagas abertas no Brasil, em empresas de software e de serviços de tecnologia, que não serão preenchidas por falta de profissionais preparados para preenchê-las. E o número só tende a aumentar, uma vez que só as companhias associadas à Brasscom devem abrir 34 mil novas vagas de emprego no País neste ano.
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